O café tem o poder de proporcionar experiências gastronômicas incríveis quando o grão é bem escolhido e por isso os amantes do café se preocupam com a origem e preparo da sua bebida.
Mesmo quem ainda não entende muito sobre o assunto, vale a pena entender para poder fazer a melhor escolha para o seu paladar! Você sabe o que é um bom café?
A Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) são duas instituições que qualificam os cafés no Brasil. A ABIC classifica a pureza dos cafés e também o classifica em extraforte, tradicional, superior e gourmet.
Essa classificação da ABIC considera também os defeitos do café além do sensorial, como grãos defeituosos pela condição agrícola ou outras impurezas. Alguns outros defeitos também são analisados, como a torra mais escura, que tende a amargar o paladar. Para eles, quanto mais defeitos tem o café, pior ele é.
Já a BSCA avalia a quantidade de defeitos e a parte sensorial, por exemplo, um café que possui qualidade no cultivo, na colheita, na pós-colheita, na torra e no barista, é classificado como um café especial.
A experiência sensorial de quem toma um café especial é totalmente diferente, pois características como sabor, acidez e aroma são percebidas mais intensamente. Notas inferiores à 80 irão para as categorias da ABIC.
Características dos cafés especiais:
Já entendemos que o café especial é classificado por sua forma de produção, escolha dos grãos e torra. Os cafés especiais geralmente vêm das variedades Arábica e Robusta.
A partir do grão Arábica, o mais produzido no mundo todo, surgiu outros tipos como Bourbon, Catuaí e o Novo Mundo. As diferenças entre eles são a quantidade de cafeína, a complexidade de aromas, o sabor adocicado e o nível de acidez, ou seja, ao provar um café especial, é possível analisar suas principais características que são:
Aroma
Através do olfato podemos perceber se as notas do café são florais, cítricas, frutadas e achocolatadas e tudo vai depender da variedade do café, os grãos especiais têm aroma mais acentuado e mais fáceis de serem percebidos.
Amargor
Nos cafés especiais, o amargor é equilibrado, o que significa que teve um cuidado especial na torra e os grãos possuem boa qualidade.
Devemos prestar atenção, pois nem todo café forte significa que é de qualidade, por vezes ele só é amargo para esconder as imperfeições.
Doçura
Diferente do amargor, a doçura dos cafés especiais é resultado da maturidade dos grãos e do processo de caramelização durante a torra.
Os cafés especiais que possuem notas de caramelo e chocolate são muito comuns e significam que podem ser apreciados sem adicionar açúcar.
Acidez
A acidez natural do grão pode ser acentuada, comprometida ou diminuída no processo de torra. Uma acidez fresca e natural é importante, ela traz vida ao café.
Corpo
Um café mais encorpado é aquele que parece mais “pesado” na boca, que persiste após a ingestão da bebida, já um café que deixa uma sensação mais leve, é considerado menos encorpado.
Sabor
Por último, mas não menos importante, o sabor deve combinar o gosto da bebida com o aroma que ela exala.
Métodos de preparo do café
Além das características dos grãos, o modo de preparo dos cafés também é muito importante na hora de ter uma boa experiência com o café.
O modo de preparo mais tradicional dos brasileiros é o coador com filtro de café, mas existem outras maneiras de apreciar o delicioso cafezinho para valorizar as qualidades sensoriais.
Hario V60
O método Hario V60 também possui um filtro de papel, mas ele tem ranhuras em formato cônico e na espiral por toda a cafeteira.
Há no meio um orifício grande e circular que permite a passagem de água pelo café moído de forma especial, harmônica e veloz e impede o acúmulo de resíduos na base da extração; a Moka (ou cafeteira italiana) é o método de extração por pressão.
Ela prepara o café em menos de quatro minutos, sem o uso de filtro de papel e sem a necessidade de verter a água sobre o pó.
Aeropress
A Aeropress, que reúne filtragem e pressão no preparo do café;
O Chemex, um equipamento diferente visualmente que permite uma bebida extremamente limpa, sem resíduos e de sabor nítido;
A Prensa Francesa, que dispensa o filtro de papel e tem o funcionamento semelhante a Aeropress, também sob pressão; entre muitos outros.
Antigamente os cafés especiais mal chegavam às prateleiras, a maioria eram exportados. Hoje a situação é diferente e as várias micro torrefações e cafeteiras existentes já trabalham com os cafés especiais.
Agora que você conheceu mais sobre os cafés, você já sabe qual café você toma?
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