Quem resiste ao delicioso cheirinho de café? Logo pela manhã ou à tarde, o café é uma excelente pedida em várias ocasiões. Já conhecemos aqui os benefícios do café para nossa saúde, mas você sabia que existe uma dose diária que podemos tomar sem afetar nossa saúde?
Consumo de café no Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), nove entre dez brasileiros com mais de 15 anos apreciam o cafezinho todos os dias. Esse consumo cresceu em 1,34% no ano de 2020.
O isolamento também trouxe mudanças entre o produtor de café e a indústria, que garantiu um volume bem maior na produção das sacas. Ainda segundo a Associação, foram consumidas 21,2 milhões de sacas em 2020, o segundo maior consumo da série histórica.
Segundo a Euromonitor International, em 2020, cada brasileiro consumiu mais de 800 xícaras e gastou mais de R$ 100 durante o ano com o produto. Isso coloca o Brasil como segundo maior consumidor de café do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos
E de acordo com a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, o consumo diário ideal de café não deve ultrapassar o limite de 200 ml, que equivale a aproximadamente três xícaras.
Ainda de acordo com a FDA, deve-se consumir o café distribuído em três porções ao longo do dia: uma xícara de manhã, duas ou três xícaras durante a tarde, com um intervalo de pelo menos uma hora entre elas para que não implique em riscos para a saúde.
Benefícios e malefícios da cafeína
Durante muito tempo a cafeína foi vista como uma vilã para a saúde. Se consumida em altas doses (mais de 500 ml), pode causar arritmia, ansiedade, estresse, irritabilidade, tremores, insônia e até problemas estomacais.
Além disso, pessoas com osteoporose devem ter cautela ao ingerir a bebida. A cafeína aumenta a eliminação de cálcio e pode também anular a vitamina C e o ferro.
A diferença entre o remédio e o veneno é a dose
A diferença entre o remédio e o veneno é a dose, por isso, em doses moderadas o café traz inúmeros benefícios para o organismo.
Ela auxilia no aumento do processamento mental e da irrigação coronária, diminui a sensação de fadiga e sonolência.
Além disso também contribui para o alívio da enxaqueca. Por ser uma substância vasoconstritora ela ajuda a combater os efeitos dolorosos da dilatação dos vasos sanguíneos da cabeça.
Ouro ponto importante é que devido à enzima fosfodiesterase, presente na cafeína, vários remédios, especialmente os para dor de cabeça, a utilizam como ingredientes em suas fórmulas.
Um estudo sobre a cafeína
Um estudo realizado por pesquisadores do Centro Médico Beth Israel, hospital ligado à Universidade de Harvard, sugere que a cafeína ajuda a prevenir doenças metabólicas, como diabetes e também contribui para diminuir o risco de insuficiência cardíaca em até 11%, se consumido até quatro xícaras pequenas de café por dia.
Isso acontece porque o café diminui a oxidação do colesterol ruim (LDL), que causa a inflamação nas artérias e favorece os níveis de colesterol no sangue. Ademais, existem outras substâncias presentes na bebida que reduzem a incidência de diabetes, que também contribuem para as doenças coronárias.
A cafeína, se consumida com moderação, pode ajudar a prevenir doenças como o Parkinson, Alzheimer, cirrose e cálculos da vesícula biliar, também ajuda no tratamento da depressão, alcoolismo e dependência química de drogas e um benefício excelente é combater os radicais livres e favorecer a oxidação de lipídeos, ajudando na queima de gordura.
O café não é uma das paixões nacionais à toa. “O café é a bebida que desliza para o estômago e põe tudo em movimento”, já dizia o escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850), basta apenas consumirmos na dose certa. Vai um cafezinho aí?
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